domingo, 26 de julho de 2009

Foi assim...

Só podia ser sonho!
Aquele sorriso sincero e um olhar encantador não podiam estar vindo em minha direção. O que, afinal, eles ganhariam vindo de encontro a mim? Juro que lutei contra meu olhar, que já me entregava, mas não teve outro jeito e, pouco a pouco, me envolvi... Sem pedir licença, a paixão foi chegando assim...
Derrepente a dor de uma triste desilusão me assombrou. De ti me afastou e minh'alma levou. Perdi meu mundo, meu chão, minha razão. Queria acreditar que era brincadeira desse tal destino, que insiste em pregar peças em nossas vidas. Mas e agora? Como viver sem esse amor?

Depois do susto é que descobrimos que são nas quedas que aprendemos a nos reerguer. Tanto tempo longe um do outro, nos fez amadurecer e crescer um para o outro. Aprendendo com a própria vida, para que um dia a luz desse amor voltasse a brilhar.

Não é sonho, vem comigo! A realidade chegou pra mostrar que para existir só precisa de você e eu. Se o amor é de verdade não se perde no tempo, cedo ou tarde reacenderíamos a chama deste sentimento.

Outro jeito não teve, o tempo não parou e o mundo não deixou de girar. Nas voltas dessa vida foi que Deus nos fez perceber, que não é uma simples amizade, mais que isso, um amor de verdade, agora eu sei que a felicidade se resume em estar com você.

Eu sempre te amei, eu sei, e para sempre vou te amar. Sempre tive você aqui junto de mim. Agora que eu sei que tu me amas também não vou deixar a chama desse amor jamais se apagar...

terça-feira, 21 de julho de 2009

O Homem e o mar...

Sabe?! Às vezes eu sinto um certo orgulho de ser chamado de marujo. Um homem do mar, para começo de conversa conquista sua soberania sobre as águas, um ambiente que em princípio não faz parte do seu habitat natural.

Mas o mar é minha casa!!!


Nele me sinto seguro e protegido, mesmo em meio aos seus mistérios e armadilhas.
Mais do que um homem do mar, certas horas me sinto um homem como o mar. Algumas vezes manso e pacífico, outras bravio, revolto, e nem tentem me dominar pois o soberano sou eu. Ora límpido e transparente, quando ao longe consegues observar-me ao fundo, ora turvo e negro, intransponível pelo olhar, espero que a morte venha das profundezas.
Mudo de acordo com o tempo, com a lua...posso balançar o
quanto for mas não perco a minha estabilidade.
Do contrário que se pensam não trago em mim monstros marinhos, nenhum bicho de várias cabeças, mas meus mistérios
sim são como os do mar. Nada que não possa ser revelado.
Saiba me conquistar, me domine, adquira minha confiança e descubra todas as belezas e maravilhas que trago em mim e posso dar a você.

Caminhe pela minha praia e vamos juntos assistir ao lindo pôr-do-sol que em meu horizonte se esconde. Mostrar-lhe-ei as belas pérolas que guardo no fundo do meu ser. Mas em meio a tempestade não tente me dominar, nem passar por mim, apenas me entenda, pois até hoje somente um Homem conseguiu me acalmar em meio à forte chuva e ao vento.

Já que o sol está lhe convidando, venha se banhar e verás que tenho muito mais a oferecer que um simples lazer.

Do mar ou como o mar, este sou eu...


Descubra-me!!!




por Deyvid Guedes

quarta-feira, 1 de julho de 2009

"Não, Deyvid não sentia inveja dos meninos que tinham violões de verdade porque ele vivia sonhando que tinha um também. Ele fazia vibrar suas cordas invisíveis, com o rosto iluminado e os olhinhos brilhando de emoção. Havia quem achasse que Deyvid era meio lelé-da-cuca. Claro, era gente que não tinha imaginação suficiente para saber que "aquele" violão só podia ser visto (e ouvido) por outros sonhadores, como Deyvid. Essas pessoas ignoravam também que ele não se conformava com a realidade que havia, vivendo a sonhar com a realidade que devia haver. Tendo seu violão imaginário como bandeira, Deyvid via um mundo novo. Um mundo em que as coisas são das pessoas que as entendem. E não só das pessoas que podem comprá-las. Ah, quanta gente tem um violão na sala de visitas servindo de enfeite, sem tocá-lo nunca! E lá ia Deyvid dedilhando seu violão de sonho, tirando as músicas lindas que seu coração compunha. Depois, limpava-o cuidadosamente com uma flanela bem macia feita de nuvens. Ele o guardava com carinho numa capa cor de céu todo estrelado. Daí, ele pegava seu violão mais que exclusivo e o escondia debaixo da escada secreta que usava para subir ao seu paraíso particular. As pessoas que não entendiam o Deyvid, tadinha delas, até pensavam em levá-lo a um psicólogo para saber se ele tinha alguma coisa. Como resposta, ouviam: "Não, ele não tem uma coisa, mas sonha com ela, e assim, faz de conta que a tem".Um dia, os que só sonhavam quando dormiam resolveram dar um violão de verdade para o menino que sonhava acordado. Ao recebê-lo, Deyvid abraçou-se ao violão, comovido, e disse: "Obrigado. Agora tenho dois".


(uma daptação do texto de Carlito Maia)