quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Deserto...

Eu sempre luto comigo mesmo pra não ter que fazer isso, mas vez ou outra eu preciso voltar ao meu deserto.
Deserto é solidão, é vazio, é dia quente e noite fria. Extremos que nos levam aos extremos da vida... Mas lá é o meu lugar!
No deserto ninguém interrompe meus pensamentos, ninguém altera meu humor, ninguém influencia minhas atitudes...

Deserto sou eu comigo mesmo!

A boca se fecha, o coração grita... Palavras querem sair, mas ninguém me ouve. Eu mesmo ouço minha própria voz e entendo o que eu mesmo estou sentindo. Sentimentos retraídos que me entropecem , me escravizam e eu mesmo não vou percebendo...
Vou reformulando minhas idéias, deixando de lado as expectativas e tentando entender que a vida é pra ser apenas vivida e não palnejada. Que o destino traçado já está consumado e eu não tenho domínio sobre o meu amanhã. O que eu posso fazer é apenas intensificar o meu hoje. O amanhã eu nem sei se virá...

O deserto me vem de forma sorrateira, quando menos percebo estou dentro dele. É doloroso passar pelo deserto... Sede, fome, frio, cansaço... Mas o deserto é extremamente necessário.
Mente esvazia, coração esvazia, e eu vou dando espaço a tantas coisas que queriam entrar e foram sendo impedidas.
Deserto é isolar-se em si mesmo e mais uma vez buscar o sentido da sua vida!

Passar pelo deserto é passar pela experiência do conhecimento próprio. As luzes da cidade nos deixam cegos, os barulhos das fábricas e dos automóveis nos tornam surdos, a poluição tapa nossas narinas...no deserto nada nos tira os sentidos. Tudo é muito bem apurado!
Enxergamos dentro da própria alma! Sentimos o cheiro de vida que exala de nossa derme. Ouvimos o mais importante de tudo, a voz do próprio coração. Que por diversas vezes grita e outras vozes rotineiras nos impedem de ouví-lo.

É triste passar pelo deserto, mas é uma tristeza por conta das vaidades. Achamos que está tudo muito bem, quando na verdade não está. Vivemos de ilusões da alegria momentânea, quando a verdadeira felicidade vai sendo esquecida, e é no nosso próprio deserto é que reencontramos o caminho para ela.

Passar pelo deserto é caminhar sem destino por algum tempo sem saber de onde veio ou para onde ir...mas saber que um dia chegará.

Apesar de todo o sofrimento o deserto me encanta!

Me encanta porque me faz reconhecer o que existe dentro de mim mesmo e que eu penso ter conhecimento...

O meu deserto é o meu momento de dar uma parada em uma caminhada errada e voltar aos meus princípios.

O meu deserto é o meu momento de voltar lá no ponto de partida dessa longa trajetória e perceber que em certos momentos fatores externos me desviaram do meu caminho e objetivo...

O meu deserto sou eu e eu...e nada mais!

Amor ou costume?

Há dias em que a gente acorda carente de tudo...



Falta auto-estima, falta atenção, falta disposição pra fazer qualquer coisa...


Mas acima de tudo lhe falta amor!!!






É...amor!


Um amor sincero, que te surpreende, que surge sem expectativas... Falta na verdade se sentir amado. O amor nunca acaba. O que some são os sinais de que ele está ali.


Difícil lidar com as peculiaridades do amor.


Aprendi com a vida a amar sem expectativas. O amor só sincero quando se ama sem se esperar nada em troca. Mas você conhece as particularidades das pessoas que te amam.


Um amigo frio é uma característica do seu caráter, ele pode não saber demonstrar o quanto ama, mas nas suas atitudes do dia a dia você sabe exatamente o que ele sente e como sente. Já um amigo sempre presente, que da noite pro dia se torna frio com você é porque aí tem... A frieza que não faz parte de sua característica se torna uma atitude, uma aversão a sua pessoa. Com esse amor você vai sofrer. Impossível se acostumar com a falta de alguém que faz parte do seu dia a dia... Principalmente sem motivos aparentes!


“E esse é o problema das pessoas que são sinceras: acham que todo mundo também é” (Khaled Hosseini)


O amor traz consigo os mais puros sentimentos e atitudes. Dentre eles a verdade, o carinho, a sinceridade, a franqueza... Amor e amizade não se separam... Quando algo me incomoda vou ser franco o suficiente com meus amigos para externar o que estou sentindo, mesmo que com isso venha choro e dor, mas nunca virá uma mentira acompanhada. A mentira não vem acompanhada do amor... E se eu sou sincero o suficiente é porque amo e acredito que vale a pena lutar por esse amor... Se não, eu não perderia meu rico tempo com qualquer sentimento banal.


Mas até que ponto é amor ou é ilusão? Até que ponto existe a reciprocidade do amor dentro de dois corações? Ou até que ponto você está forçando uma amizade com alguém que não está nem aí pra você?


Amar realmente é não esperar nada em troca, mas sofrer por não ser amado é martírio.


Quantos a minha volta me amam e sofrem com minha ausência? E eu aqui, mendigando a presença de alguém que não quer se fazer presente... É amor?


Me privar dos verdadeiros amores e me privar do meu amor próprio. Sofrer por não ser amado é opção minha... O amor está aí, me amando diariamente e eu o procurando onde ele não existe...


Difícil se esvaziar do amor, mas é extremamente necessário. É necessário filtrar os sentimentos que se camuflam de amor quando na verdade são só interesses. Você é legal, você fez falta naquele dia, mas não quero você no meu dia-a-dia...






Preciso me reerguer e procurar amores de verdade. Os que se importam de verdade, os que se fazem presentes mesmo quando não são intimados. Os que querem ser amados por mim também. Preciso me esvaziar dos meus desamores e procurar dentro de mim meus amores de verdade...






PRECISO ACIMA DE TUDO ME AMAR, ANTES DE QUERER SER AMADO!!!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Minha vida... minhas histórias...

Revendo conceitos... Reformulando idéias...
É...por pior que pareça, sempre dá pra tirar um aprendizado de tudo o que acontece na vida.
Continuar catando as pedras do caminho e construindo minhas pontes...é o que há!

Gosto tanto das palavras e dos livros que às vezes me pego viajando em minha própria vida como se ela fosse um eterno conto de fadas. Ou quem sabe vários livros de auto-ajuda ou romances. Personagens, enredos, mocinhos...bandidos...princesas a espera de seus príncipes encantados...animais falantes... Tem de tudo um pouco. Passagens boas e ruins.
De boas leituras e indicações é que vou levando a vida.
 
Mas em minha vida, as pessoas que por ela passam não são simples personagens. Pessoas são como os próprios livros!
 
 Minha vida não é um livro cheio de histórias. É uma prateleira onde guardo vários livros, com histórias e emoções diferentes. Cada uma com suas particularidades, cada uma com seus capítulos especiais.
Já vivi romances pra recordar eternamente, já fui em busca de muitas aventuras, já sofri com dramas e muito suspense, já chorei com emoções reais. Histórias de terror, viagens místicas... Cada um foi me mostrando tudo o que tinha de melhor na essência das suas palavras...
 
 Muitos livros nos trazem mensagens bem diferentes a cada leitura. A cada vez que o abrimos pra ler a mesma história temos lições e morais distintas. Outros trazem... sua mensagem bem sucinta, e mesmo que se leia várias vezes eles não terão mais nada a acrescentar além de tudo o que já se mostrou com uma única leitura.
 
Às vezes damos atenção demais a livros que acrescentam de menos. E ao mesmo tempo vamos deixando lá no cantinho da prateleira, se enchendo de poeira, os livros que foram lidos várias vezes mas que ainda tem muito a acrescentar. É preciso reorganizar nossas prioridades de releitura, sem deixar de lado as novas e boas leituras

E assim vou vivendo. Escrevendo minhas histórias. Lendo. Me encantando. Me decepcionando quando os livros não mostram o que eu quero ler, não por serem ruins, mas por não trazerem as histórias do meu gosto.
Assim vou levando a vida e fazendo da minha um verdadeiro livro para que possa ser apreciado pelos que me cercam... Sei que não vou agradar a todos, mas não me julgue pelo que ouviu dizerem que sou. Depois que conhecer tudo de mim que ainda tenho a lhe mostrar, aí sim, tire suas próprias conclusões!