sexta-feira, 24 de abril de 2009

PRECISA-SE DE UM AMIGO!!


Diz aí. Quem nunca acordou num dia daqueles doido pra gritar isso?
Agora, a parte mais difícil, quem está de ouvidos abertos diariamente, para saber se não estão gritando isso para você neste momento?
Somos infantis e mimados ao ponto de querer ser o centro das atenções. Acontece isso em casa mesmo, vejam só. O tempo passou, mas continuamossendo as crianças que só comem se a mãe põe a comida no prato, que o pai tem que amarrar o cardaço, que só usa casaco quando a mãe sente frio, que, se o irmão ganha um presente, tem que ganhar um igual... E acabamos esquecendo só de um pequeno detalhe: nós já crescemos! Será que não é a hora de deixar de ser um pouco o centro das atenções e passar a dar um pouco mais de atenção?
Somos egoístas com nossos próprios sentimentos, e achamos que o mínimo que acontece a nossa volta pode ser o "juízo final", sem nem parar pra pensar que coisas realmente ruins podem estar acontecendo com as pessoas a nossa volta, e nem por isso elas estão morrendo.
É tão simples reclamar da fome quando ela vem, mas e se você não tivesse a mínima noção de quando seria sua próxima refeição? Se neste momento estou reclamando da falta de carne no meu prato, devo pensar que neste mesmo exato momento existem pessoas que não tem nem o arroz com o feijão por alimento.
Quando passamos a analisar a fome do próximo, é que percebemos que estamos, literalmente "chorando de barriga cheia".
Voltando à sensibilidade dos ouvidos, a minha solidão momentânea, que dura em torno de uma semana, pode parecer nada diante de uma solidão sem data pra acabar... Existem dores que eu sei quanto tempo vai durar, mas para muitos as dores são intermináveis...


Hoje eu pensei estar exercitando meus ouvidos e ajudando um amigo, mas na verdade eu estava era sendo ajudado e aprendendo um pouquinho mais com esse livro chamado VIDA...

(por Deyvid Guedes, em 23 de Abril de 2009)

domingo, 19 de abril de 2009

Recebê-lo é uma honra. Distribuí-lo... uma dádiva!!!

Recebê-lo é uma honra
Distribuí-lo... uma dádiva!
Caminhar ao teu encontro acelera meus batimentos
Recebê-lo-ei em minha boca para guardá-lo em meu coração
Tornaremo-nos um, graças a aos seus divinos mistérios
Sei que estás aqui... Sei que é você...


Posso vê-lo sorrindo, vindo ao meu encontro
Também estás feliz em tornar-Te um só comigo
Sua humanidade se refaz na humildade
Sua divindade me refaz por caridade

Quem sou eu para tocá-lo, se não com a língua?

Quem sou eu para tê-lo em minhas mãos?

E de onde me vem a autoridade de oferecê-lo?


Junto ao meu peito o guardo
Carne e sangue em meu poder
Sinto nossos corações baterem juntos e compassados
Ao tocá-lo com minha mão direita não consigo conter a emoção
Tua carne jorrando sangue entre meus dedos trêmulos fazem-me refletir a imensidão da sua pequenez
Não sou digno de oferecê-lo a ninguém, mas não posso guardá-lo só para mim, outros precisam tê-lo e sentí-lo como eu...

É chegado o momento de levá-lo ao sacrário
Lá estarás sempre que eu sentir saudade
Lá te encontro diariamente para minha adoração
Solitário ficas esperando por minhas visitas
E sempre que chego posso sentí-lo sorrir novamente

Permanece e mim Meu Senhor, e fazei que eu permaneça em Ti

Ficai comigo e permita que eu fique em Ti

Sejamos um ...eu e Meu Deus...

Meu Deus e eu...

Recebê-lo é uma honra. Distribuí-lo... uma dádiva!!!

(por Deyvid Guedes, em 17 de Abril de 2009)

Tentei transcrever em algumas palavras a emoção de distribuir o corpo e sangue de Cristo na missa de Páscoa dos militares realizada no Centro de Instrução Almirante Alexandrino, na última sexta-feira. Minha primeira experiência como Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão.

Eu tremia mais do que uma vara verde em meio ao vento. Pensei que iria derrubar a âmbula com o cálice de tanto que minhas mãos balançavam. Mas posso dizer que foi a melhor emoção que já experimentei até hoje...

Rezem por mim e pela minha mais nova missão!!!





sábado, 4 de abril de 2009

A magia da Vida (II)

Viver de vez em quando me parece algo tão complicado. Responsabilidades, compromissos, tempo, decisões, trabalho, metas... E tudo isso parece vir só para atrapalhar a vida.Hoje foi dia de folga para mim, então decidi passear um pouquinho pela rua com minha sobrinha, de apenas um ano, para aproveitarmos ainda cedo o sol da manhã. E olha... é incrível como o quanto podemos aprender com as crianças sem que elas ao menos saibam o que estão fazendo.

Tudo começa quando ela vê alguém saindo pela porta, e se ela quiser mesmo ir pra rua ela vai chorar e espernear até que alguém a leve, ou em último caso, não houver mais jeito. Desistir logo de cara? Não, isso não irá acontecer, pois ela é perseverante ao extremo, e isso acontece também quando está com fome, com sede, com sono... E nós adultos? No primeiro "não" que recebemos desistimos de grandes sonhos sem ao menos lutarmos por aquilo que queremos tanto.Caminhando com ela percebi o quanto é confiante ao subir uma rampa ou escada por exemplo. E vocês acreditam que ela caía sempre? Mas insistia em subir pois sabia que eu estava ali atrás lhe dando apoio e amortecendo as quedas. Nós adultos, diante do primeiro obstáculo já deixamos o medo tomar conta de todo o nosso ser e não confiamos que vamos passar por ele. Sabemos que somos capazes, e que se for necessário, teremos amigos para nos apoiar, amortecer nossas quedas e nos reerguer, mas é mais fácil desistir e partir para outra. Dá menos trabalho e machuca menos.Mesmo depois de cair do triciclo e chorar fazendo escândalo, ela fez sinal de que queria brincar com ele de novo e dessa vez abriu um sorriso que não cabia em seu rosto. Como é difícil para nós adultos admitirmos que para grandes realizações é preciso algumas quedas. O pranto é inevitável, mas precisamos superar nossos traumas de cabeça erguida e mostrar para nós mesmos que somos os melhores e podemos sim seguir sorrindo.


Infelizmente daqui a pouco tempo ela começará a entender o que os adultos dizem, então quando alguém disser que ela não pode ir para a rua ela vai escolher um canto para chorar sozinha e não vai mais insistir. Se alguém disser pra ela não subir escadas porque ela não consegue, ela vai desistir pois acreditará no que as pessoas lhe dizem.. E se alguém disser pra não andar mais de triciclo por causa da queda, ela vai ficar triste, querendo muito, mas não irá superar este trauma.Criaremos mais um adulto covarde!!!



Pois é, temos muito o que aprender nessa vida com aqueles que ainda estão começando a viver...




por Deyvid Guedes

(em 29 de agosto de 2008)